sábado, 10 de outubro de 2015

Entre o grande amor e o verdadeiro amor

         Ninguém vai ficar com o grande amor de nossas vidas. É sério. O grande amor é tão intenso que devido a esse seu próprio poderio um dia irá explodir. Deixará eternas marcas, sejam positivas ou negativas. Vamos ficar sim é com o verdadeiro amor de nossas vidas.
            Quem foi o grande amor de nossas vidas? Todos temos um grande amor sim! Pode ter sido o primeiro beijo, a primeira relação, pode ter sido aquele(a) que vivemos os momentos mais intensos lado a lado, quando choramos sem parar de saudades, quando a dor da falta foi tão grande a ponto de nos derrubar. Por esse amor corremos riscos, fazem-se coisas proibidas! O grande amor tem a capacidade de, passados muitos anos, sua lembrança estremecer em nossas mentes por muitos e muitos anos. Os momentos vividos lado a lado serão inesquecíveis, e sim, podemos tirar mais coisas boas do que ruins deles. Pois de alguma forma, o grande amor nos moldou e nos preparou para o verdadeiro amor.
            Um corredor, quando dispara logo de início, perde o fôlego no meio do caminho. Assim é o grande amor. Estamos empolgados que logo nos entregamos de corpo e alma aqueles mágicos e preciosos momentos. Infelizmente chegará o momento que nossa mente e nosso corpo visualizará o fim disso tudo. E de fato, o fim do grande amor é trágico. Machuca, corrói, mata a alma. Experimentamos a queda ao inferno, noites mal dormidas, pesadelos e bebedeiras históricas que acreditamos sanar parcialmente aquela dor. Curtimos esse luto por um longo período. E isso nos fará crescer e nos estabilizará.

              Acontece que quando vivemos o grande amor, não somos seres completos. Claro que nunca seremos, mas a intensidade do amor na brevidade do tempo nos faz olharmos para o momento, sem projetar, sem planejar, levando conosco muitas imaturidades adiante. Ao curar-se de um grande amor, aprendemos a olhar para nós mesmos, construir sonhos, viver a humanidade.

            Então aparece o verdadeiro amor. Não sabemos a forma que ele existe, mas o verdadeiro amor é o que nos garante a estabilidade e dá a segurança necessária para de fato cumprir aquele mandamento religioso dito um dia por Jesus: “Ame o próximo como a ti mesmo.” Com o verdadeiro amor, aprendemos a amar alguém sem deixar de amar a si mesmo. O verdadeiro amor ajudará cada um a construir o próprio sonho, e não infringindo num princípio muito importante: a liberdade. O verdadeiro amor é a liberdade plena, e por isso que casais estáveis, se tornam de fato uma grande unidade. 

            O grande amor jamais sairá de nossas mentes. Mas o verdadeiro amor será concretamente eterno.


Um comentário: